Monólogo Cartas Libanesas com o ator mogiano Eduardo Mossri será apresentado em Mogi

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Monólogo Cartas Libanesas com o ator mogiano Eduardo Mossri será apresentado em Mogi
A peça Cartas Libanesas, que foi inspirada na história da família do ator mogiano Eduardo Mossri, será apresentada gratuitamente neste sábado, às 20 horas, no Centro Cultural

Neste sábado (25/06), a partir das 20 horas, o público mogiano poderá conferir uma atração teatral que já conquistou a crítica de todo o Estado e que tem íntima relação com Mogi das Cruzes. É o monólogo “Cartas Libanesas”, montagem protagonizada pelo ator mogiano Eduardo Mossri e que foi escrita a partir de uma pesquisa do ator sobre a sua própria família. É, portanto, uma forma de Mossri homenagear sua família e sua cidade natal, além de ser mais um trabalho de destaque do profissional, que já conquistou palcos dentro e fora do país. 

O espetáculo começou a ser concebido quando Mossri encontrou um calhamaço de cartas pertencentes à sua avó, Emilia Mossri, todas escritas em árabe. Apesar da descendência libanesa, o ator não dominava a língua, portanto levou o material a um grande amigo que fez nos tempos da faculdade, o dramaturgo José Eduardo Vendramini, a quem coube o trabalho de tradução. A partir disso, Mossri mergulhou numa profunda pesquisa sobre as suas origens e também sobre a história da imigração libanesa para o Brasil.

O resultado foi o monólogo dramático Cartas Libanesas, cujo texto foi indicado a dois prêmios em 2015 – um foi o prêmio Shell e a outra indicação partiu da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA). A atuação de Mossri, que tem apenas o microfone e uma mala como elementos de interação em palco, também foi amplamente aclamada pela crítica por onde passou. A direção e iluminação são de Marcelo Lazzarato, outro nome forte do circuito cênico paulista. 

Em palco, Mossri dá vida à Miguel Mahfouz, um jovem libanês que vem para o Brasil com o intuito de prosperar financeiramente e retornar na sequencia ao Líbano, onde deixou sua esposa grávida. Após anos de sofrimento e trabalho, Mahfouz se descobre apaixonado pela nova terra e decide convencer a mulher a vir morar com ele no novo país. 

“A peça é a história de um mascate, contada por um ator mascate, que resgata suas próprias histórias para refletir sobre a imigração. É uma ode de amor e gratidão a todos aqueles que imigraram e enriqueceram nossa identidade cultural”, comenta o ator. 

O diretor Marcelo Lazzaratto optou por priorizar a voz do ator e os sons da trilha para encenar este texto. Enquanto o ator interpreta as angústias, as conquistas e aventuras de Miguel, a trilha composta por Gregory Slivar invade o palco. O figurino, criado pelo estilista Fause Haten, traz cores claras, desenhando a elegância masculina do início do século XX. Já o cenário, assinado por Renato Bolleli, tem propositalmente poucos elementos.

A peça já foi apresentada em locais como o Sesc Ipiranga, Sesc Santo Amaro, Teatro da Livraria da Vila Pátio Higienópolis, além de muitos teatros e bibliotecas da capital paulista. Também percorreu o interior do Estado, passando por cidades como Bauru, Ribeirão Preto e Piracicaba – nesta última cidade, foi recebido com louvor pela crítica durante a 10ª edição do Festival Nacional de Teatro de Piracicaba (Fentepira).

Sobre o ator

Eduardo Mossri nasceu e viveu em Mogi das Cruzes até os seus 18 anos, quando partiu para São Paulo com o intuito de estudar teatro e iniciar sua carreira profissional. O gosto e o talento pelas artes cênicas descobriu desde cedo, incentivado por professores e familiares e participando de peças nos colégios onde estudou. Logo no primeiro ano de faculdade, já teve a oportunidade de ir à Espanha e à Portugal, apresentando o espetáculo “Esperando Godot”, de Samuel Beckett. 

Formou-se em 2006 em Interpretação pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (USP) e passou a compor o elenco de importantes montagens teatrais, até que, em 2011, ganhou os holofotes com o espetáculo “Ivan e os Cachorros”, monólogo dramático da britânica Hattie Naylor, com direção de Fernando Villar, que foi amplamente aceito pela crítica, recebeu prêmios e chegou a ser apresentado em Mogi das Cruzes no ano de 2012. 

Ao iniciar a pesquisa que gerou “Cartas Libanesas”, Mossri conta que acabou estreitando laços com a sua própria história, com a história de sua família e, consequentemente, com a história também de Mogi das Cruzes. Por isso, sempre foi grande a vontade de trazer a montagem, que é o seu segundo monólogo, à sua cidade natal. 

A apresentação de Cartas Libanesas será na Sala Multiuso Wilma Ramos, no primeiro andar do Centro Cultural de Mogi das Cruzes e a entrada é gratuita. Aos interessados, a orientação é chegar com uma hora de antecedência, para fazer a retirada dos ingressos. O Centro Cultural de Mogi das Cruzes fica na Praça Monsenhor Roque Pinto de Barros, nº 360, no Centro. (LMS)
 



     

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