Mogi ganha Estúdio Municipal de Áudio e Música e a reabertura do Museu dos Expedicionários

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Mogi ganha Estúdio Municipal de Áudio e Música e a reabertura do Museu dos Expedicionários

O "rec" inicial do Estúdio Municipal de Áudio e Música foi dado pelo prefeito Marco Bertaiolli, para o registro da canção "Odeon", executada ao piano pelo maestro Niquinho

O prefeito Marco Bertaiolli conduziu, na noite desta sexta-feira (18/09), a solenidade de inauguração do Estúdio Municipal de Áudio e Música (EMAM) e de reabertura do Centro de Cultura e Memória “Expedicionários Mogianos”. O prédio, que pertencia originalmente à Associação dos Expedicionários Mogianos, passou por ampla reforma, em um trabalho de valorização à história do município e recebeu, em seu piso superior, o EMAM, que é o primeiro estúdio público de gravações da cidade. 

Durante a solenidade, o prefeito prestou homenagem aos expedicionários mogianos, que estavam representados no evento pelos ex-combatentes Miled Cury Andere e Paulo Pereira de Carvalho, personagens sem as quais, como ele destacou, nada do que foi feito seria possível. “Foram os ex-combatentes que se uniram no passado e compraram este prédio, portanto eles são os verdadeiros responsáveis por tudo o que está acontecendo hoje. Depois doaram este prédio à Prefeitura, com um único encargo, que não é realmente um encargo, de cuidarmos da história dos expedicionários e da história de Mogi. Isto não é um encargo. É obrigação nossa”, enfatizou.

Bertaiolli falou ainda que, muito mais do que um museu, o que a cidade recupera na noite desta sexta-feira é uma sala de aula pública, que conta a história de Mogi das Cruzes e a história da luta pela democracia empreendida pelos ex-combatentes da cidade. Isso pode ser visto pelas peças em exposição permanente no museu e também na sala de projeção, que foi construída junto à reforma e na qual serão exibidos filmes com declarações dos ex-combatentes e tudo mais que se refira à história da 2ª Guerra e à participação de Mogi das Cruzes no combate.

Miled Cury Andere falou em nome de todos os expedicionários e agradeceu à Prefeitura de Mogi das Cruzes, pelo cuidado com a história da cidade e à maneira como foi conduzida a reforma no espaço. “Há 60 anos compramos esta casinha e nunca imaginávamos que chegaríamos a este ponto que vivemos aqui hoje. Tenho um carinho muito especial por este lugar e uma preocupação em preservar a nossa história. Hoje vejo que o meu sonho está realizado”, frisou. A reforma no museu foi feita com o constante acompanhamento e aprovação dos membros da Associação dos Expedicionários Mogianos.

A sala onde o EMAM foi construído é oficialmente denominada Sala Multiuso Maestro Antonio Freire Mármora, artista que contribuiu enormemente para a história da música em Mogi das Cruzes. Durante a entrega, ele foi lembrado e homenageado, por meio das palavras de maestro Niquinho, seu filho. “Nos meus 82 anos de vida poder ver uma realidade como a que temos hoje é uma coisa maravilhosa. Faz-me lembrar da luta do meu pai durante toda a sua vida, de tornar esta cidade mais melodiosa”, destacou.

Foi o próprio maestro Niquinho, portanto, o escolhido para fazer a primeira gravação no EMAM. Com um grande público reunido na sala A de gravação, Niquinho se sentou ao piano e tocou “Odeon”, de Ernesto Nazareth. O “rec” inicial foi dado pelo prefeito, Marco Bertaiolli. 

Bertaiolli também parabenizou e citou os nomes dos artistas que foram selecionados para gravarem os primeiros projetos no EMAM. Pela categoria CD autoral, foram contemplados os músicos Kleyton Pereira, com o projeto “Juquinha Vol. 1” e Waldir Antonio Vera, com “Em Casa”. Já pela modalidade de CD cover ou gravado em parceria com outros compositores, foi contamplada a cantora mogiana Aline Chiaradia, com o projeto “Estreitos Nós”. Na categoria EP autoral, foram selecionados os projetos “De Cara”, do músico Enio Lobo e “Slow Mind”, de Giani Rodrigues da Cunha. Já na modalidade EP autoral de rap, do segmento hip hop, foram aprovados os projetos “As Lavadeiras”, de Karen Dias Soares Santana e “Contra o Extermínio”, de Marcos de Siqueira da Silva.

Os projetos contemplados nas categorias CD autoral e CD cover terão direito a gravar 10 faixas sonoras num período de 80 horas em estúdio, com o auxílio de dois técnicos especializados em gravação, edição, mixagem e masterização de áudio. Na modalidade EP autoral podem ser gravadas no máximo cinco faixas, num período de 60 horas em estúdio. Já na modalidade EP autoral de rap, que é destinado a rapper que já têm a base pronta, o tempo máximo em estúdio é de 30 horas. Todos receberão, ao término das gravações, 500 cópias do CD gravado. 

O secretário municipal de Cultura, Mateus Sartori, falou sobre o momento que a cultura da cidade vive, com a sequencial entrega de equipamentos e espaços dedicados às artes. "Não é toda cidade que tem o privilégio de inaugurar dois espaços culturais em um espaço tão curto de tempo. Há duas semanas entregamos o Centro Cultural, que era um sonho para o município, e hoje estamos aqui entregando o estúdio de música e reabrindo o museu dos Expedicionários. Atribuo isso à dedicação da minha equipe e ao respaldo do prefeito Marco Bertaiolli", pontuou. 

O EMAM é resultado de um diálogo aberto com a classe artística, que passou a reivindicar a presença no município de um equipamento assim durante fóruns setoriais promovidos pela Secretaria de Cultura. O local foi equipado com o que há de mais moderno no que se refere à produções audiofonográficas, estando apto a receber e executar com qualidade projetos nos mais diversos formatos, desde um registro de uma canção autoral até o CD de uma orquestra, por exemplo.

Construído em uma área de 73,10 m², o EMAM foi dividido em três ambientes: uma sala técnica com 13,60 m², onde trabalharão os dois técnicos, a sala A de gravação, que tem 46,65 m² e a sala B de gravação, com 6,24m². Ele tem a possibilidade de captação de 16 canais simultâneos, o que permite que gravações distintas sejam feitas na sala A e B ao mesmo tempo. O estúdio possui completo tratamento termoacústico, desde as paredes até o piso, além de ser revestido pela chamada “Gaiola de Faraday”, que isola as frequencias elétricas provenientes de rádios, celulares e outros equipamentos.

Todos os ambientes possuem ar-condicionado e há, ainda, alguns instrumentos a disposição dos artistas e grupos, como um piano de cauda, cubo de guitarra, cubo de baixo, bateria e microfones. O prédio será 100% acessível, com a instalação de uma cadeira elevatória, que está em processo de aquisição no atual momento.

Expedicionários

O Centro de Cultura e Memória “Expedicionários Mogianos”, que é um espaço permanente de exposição de itens alusivos aos ex-combatentes da 2ª Guerra Mundial, passou por uma revisão completa em suas instalações elétricas e hidráulicas, com a construção de sanitários acessíveis e teve todos os ambientes adequados e modernizados, com a troca de divisórias para melhorar a circulação entre as salas, mais pintura geral.

O museu ganhou também uma sala de projeção, com capacidade para 25 pessoas, na qual serão exibidos filmes referentes à 2ª Guerra, com foco nos alunos da cidade, por meio do projeto de Educação Patrimonial. A Secretaria de Cultura cuidou ainda da troca da iluminação, seguindo o modelo adotado no recém-inaugurado Centro Cultural de Mogi das Cruzes. A ideia é padronizar a iluminação específica em galerias e museus na cidade. As lâmpadas utilizadas são de LED, que garantem economia de energia elétrica e uma melhor conservação dos documentos e peças expostas.

Foi feita ainda a compra de novos equipamentos, melhorias na reserva técnica e a reformulação e modernização do logo de identificação do espaço cultural. O investimento total para as obras de construção do Estúdio, bem como para as reformas do museu, foi de R$ 150 mil. (LMS)
 



     

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