Sobrinha-neta de Otto Unger visita o Centro de Cultura e Memória Expedicionários Mogianos

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Sobrinha-neta de Otto Unger visita o Centro de Cultura e Memória Expedicionários Mogianos

Helena Brinck de Souza, sobrinha-neta de Otto Unger, conheceu o Museu dos Expedicionários e conversou com o ex-combatente Miled Cury Andere, que compartilhou suas lembranças

Na manhã desta terça-feira (03/11), o recém-reformado Centro de Cultura e Memória Expedicionários Mogianos recebeu uma visita muito especial. Após uma pesquisa iniciada por um sobrinho seu, que é coronel reformado da Polícia Militar, a sobrinha-neta de Otto Unger, Helena Brinck de Souza, teve a oportunidade de conhecer o museu, ver fotografias e testemunhar toda a história, zelosamente preservada, de seu tio-avô e seus companheiros de guerra. 

“Fico muito emocionada de ver as fotos e todo esse cuidado com a história do Otto. Ainda era muito nova quando ele faleceu. Nasci em 1938 e ele morreu em 1945, mas sempre na minha família falavam sobre ele, lembravam de como ele era brincalhão. Aí resolvi pesquisar e, com a ajuda do meu sobrinho, descobri que aqui em Mogi havia esse museu e toda essa história que eu tanto escutei dentro de casa. Fico muito feliz de ver que está tudo preservado”, declarou Helena, que atualmente está com 77 anos. 

Com o passar dos anos e o falecimento dos membros mais velhos, a família Unger, como conta Helena, acabou deixando Mogi das Cruzes. Hoje a maioria vive em São Paulo ou em outras cidades próximas à capital. Para mostrar parte dessa história, ela trouxe consigo registros fotográficos, alguns inclusive do próprio Otto, ainda pré-adolescente, antes de ir para a guerra.

Helena foi recepcionada por Miled Cury Andere, que representa os ex-combatentes mogianos e a Associação dos Expedicionários Mogianos e também por Roberto Lemes Cardoso, responsável pela Divisão de Museus da Secretaria Municipal de Cultura. Ficou encantada ao descobrir que Miled foi para a guerra ao lado de seu tio-avô e escutou dele passagens interessantes da história de Otto, que reconheceu e confirmou de pronto.

Otto Unger, como recontou Miled, morreu alvejado por um tiro, que foi disparado acidentalmente por um companheiro de front. “O Otto era muito brincalhão e, ao se aproximar do front, não passou a senha. Um companheiro então, sem saber que se tratava de um aliado, disparou e o tiro o atingiu na testa. Isso nunca foi contado para a mãe do Otto. Ela morreu achando que seu filho caçula havia se casado e ficado na Itália”, contou Miled, acrescentando que isso era comum na época e foi feito também, por exemplo, com a família de Hamilton Silva e Costa, que foi capturado e morto. 

A visita foi encerrada com uma fotografia ao lado das bandeiras expostas no museu “É muito gratificante para nós poder receber uma visita como esta, de um parente de um ex-combatente, que de repente descobre que temos todo essa estrutura, entra em contato conosco e quer vir fazer uma visita. Isso faz reforçar a importância de espaços como este, de preservação da história, da cultura e da memória de Mogi das Cruzes”, declara Cardoso. (LMS)
 



     

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